A esperança de muitos é a chegada do inverno para o fim do mosquito da dengue. Mas, será mesmo o fim da picada? Se realmente isso acontecer, a preocupação passa a ser o comodismo. As pessoas têm o hábito de se cuidarem somente quando surge a doença. Depois… esquecem dos cuidados.
Atento a isso, venho pesquisando alguma forma de propor uma campanha ostensiva e permanente, em todos os meses do ano. No final de janeiro consegui um modelo inovador de combate a dengue, em forma de mutirão permanente. A cidade de Água Branca-PI conseguiu reduzir o índice de infestação de 7,4%¨, considerado de alto risco de surto da dengue, para ZERO.
Que proposta é essa? Consiste em fazer uma lei que cria um programa de combate ao mosquito da dengue em Barroso. Como funciona? Equipes da atenção básica, através dos agentes comunitários de saúde e de endemias visitam as residências e, na oportunidade, avaliam as condições de proliferação do mosquito. Cada imóvel recebe um selo, que pode ser verde, amarelo ou vermelho. VERDE: Residência sem água acumulada, sem condições de procriação do mosquito. AMARELO: Alerta para possíveis criatórios, e VERMELHO: Local possui larvas do mosquito.
Diante da apuração, o poder público adotará as medidas necessárias para monitoramento de cada situação detectada. A ideia consiste, ainda, em criar uma forma de incentivo ao imóvel que receber e manter o selo verde, além de penalidades a casos contrários.
Enfim, trata-se de uma proposta que precisa ser debatida amplamente com todos os envolvidos. Ontem (08) pela manhã, promovi a primeira reunião com a Comissão de Saúde e Desenvolvimento Social da Câmara. Os membros gostaram, aprovaram e manifestaram total apoio. A próxima reunião agora deve ser com a secretaria municipal de saúde.
Enquanto isso, quero lembrar que a responsabilidade do enfrentamento é de todos nós. Cabe aos proprietários dos imóveis cuidarem da limpeza, recolhendo tudo o que possa ser favorável à criação de mosquitos. Segundo especialistas, os ovos do mosquito, em qualquer recipiente, resistem entre 300 e 400 dias sem entrar em contato com a água, e podem eclodir na primeira chuva. Por isso, todo cuidado é pouco. A chegada do inverno, certamente, não será o fim da picada!